Você que estava acostumado a
acompanhar as sinopses internacionais, agora terá uma novidade: uma nova seção
destinada também aos clubes nacionais divididos por eixo regional. Esta sinopse
tratará de informar curiosidades pertinentes aos clubes do eixo Rio-São Paulo,
os dois estados mais fortes e tradicionais do futebol brasileiro.
Falaremos da localização dos
clubes, entenderemos as principais rivalidades, e ainda mostraremos quais são os clubes mais
vencedores, os mais populares além de outras curiosidades do eixo Rio-São
Paulo.
Maiores clubes do Eixo
Rio-São Paulo
Como se sabe, Rio de Janeiro
e São Paulo são os dois estados mais importantes do país no que se refere ao
futebol. Dos chamados 12 grandes, 8 estão localizados neste eixo. São eles:
Rio de Janeiro: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama
São Paulo: Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo
Os quatro grandes do Rio
estão localizados na cidade do Rio de Janeiro. Em SP, apenas o Santos se situa
fora da cidade de São Paulo, mais precisamente no município de Santos, litoral
paulista. Além dos grandes, o eixo RJ-SP
também conta com alguns clubes que já foram grandes no passado e com médios
tradicionais. São eles:
Rio de Janeiro: America e Bangu (ambos sediados na cidade do Rio)
São Paulo: Portuguesa (São Paulo), Ponte Preta e Guarani (Campinas), São Caetano
(São Caetano do Sul), Santo André
(Santo André), Paulista (Jundiaí), Bragantino (Bragança Paulista)
Portuguesa e América ainda
são considerados ‘grandes’ para muitas pessoas, o que não anula o fato unânime
de que atualmente ambos estão em um patamar bem abaixo dos quatro grandes de
seus respectivos estados. O quarteto de grandes (que
era quinteto tanto em SP como no RJ até os Anos 70) surgiu na Era Amadora e nas
primeiras décadas após a profissionalização do futebol.
São
Paulo
No estado de SP, o maior
clube até o final dos Anos 20 foi o Paulistano, clube que venceu nada mais nada
menos que 11 ligas paulistas antes de encerrar seu departamento de futebol em
1930. Existiam outras forças na capital paulista, como São Bento, São Paulo
Athletic e a Associação Atlética das Palmeiras. Todos clubes fortes, que
disputavam os títulos das ligas do estado (LPF – Liga Paulista de Futebol; e
APEA – Associação Paulista de Esportes Atléticos) com os atuais grandes do
futebol paulista. Entretanto, após a profissionalização e os novos desafios e
obrigações do futebol profissional, apenas Corinthians, Palmeiras, Portuguesa,
São Paulo e Santos seguiram o caminho do sucesso, se tornando grandes clubes
bem sucedidos no estado nas décadas seguintes.
Na década de 50, quando
surgiu o Torneio Rio-São Paulo, a opinião pública passou a considerar como
grandes justamente os clubes que mais estavam presentes na competição, que
naturalmente também eram os mais fortes do estado, que disputavam os títulos
com maior constância.
Rio
de Janeiro
No Rio, o processo que deu
origem aos ‘quatro grandes’ (ou cinco, se considerar o América até a década de
70) é bem menos complexo que em SP. O Rio de Janeiro foi a capital federal do
país até 1960. Por isso, disputavam o campeonato carioca, ou seja, um torneio
que envolvia apenas a cidade, separado dos clubes do estado fluminense. No Rio,
desde os primórdios, o domínio era quase exclusivo daqueles que viriam a se
tornar grandes. Fluminense e Botafogo iniciaram a hegemonia desde as décadas de
1900 e 1910. Flamengo que até então era um clube dedicado ao remo, também
entrou na disputa do futebol com força. O grande que mais demorou a disputar a
elite carioca foi o Vasco, mas logo na sua primeira década na primeira divisão
(1920), já mostrou que estava ali para brigar com os outros grandes de igual
para igual.
Se em SP havia outros clubes
que mediam forças de igual para igual com os atuais grandes paulistas, no Rio o
processo foi mais tranquilo, sem a concorrência extra de outras equipes, a não
ser a dos próprios grandes atuais, que dominam o futebol carioca desde o início
(década de 1900).
Localização
dos clubes
Conhecer a região sede de
cada clube é um detalhe que ajuda a compreender várias características
peculiares, como o tamanho da torcida, as principais rivalidades e a própria
origem das equipes. Aqui, vamos abordar as
cidades, regiões e os bairros aos quais as equipes do eixo estão inseridas.
Começando pelo estado de São Paulo, que possui a maior
quantidade de clubes grandes e médios do país, frequentemente considerado pela
opinião pública como o estado mais forte e importante no futebol. É o estado
mais rico e populoso da nação, com quase 42 milhões de pessoas, entre paulistas
natos e brasileiros de todos os cantos do país que moram no estado.
O Estado de São Paulo possui
clubes importantes em várias cidades diferentes, as quais estão divididas em
mesorregiões. No Interior de São Paulo,
citamos clubes importantes que já fizeram sucesso em âmbito nacional, como o Paulista de Jundiaí (400 mil habitantes) e o Bragantino de Bragança Paulista (100 mil habitantes),
cujos municípios encontram-se entre a Grande São Paulo e Grande Campinas. É
evidente que existem outras cidades importantes com pequenos tradicionais, como
Ribeirão Preto (Comercial e Botafogo), Mogi Mirim (Mogi-Mirim), entre outras, mas
a principal cidade do interior de SP em se tratando de futebol, com certeza é Campinas.
Campinas, cidade de 1 milhão
de habitantes e região metropolitana de 2,5 milhões de pessoas, possui os dois
clubes mais importantes do interior de SP e do Brasil: Guarani e Ponte Preta.
Fazem também o maior clássico do interior do Brasil. O mapa acima representa a localização da Região Metropolitana de Campinas e a figura abaixo mostra a
região metropolitana em detalhes com a localização dos clubes. Clique sobre a imagem para ampliá-la.
A Ponte Preta é oriunda do
bairro que dá nome ao clube, tradicional bairro da Ponte Preta, na região
centro-sul de Campinas. Não muito longe dali, localizado mais ao centro-leste
da cidade, encontra-se a sede do Guarani e o estádio Brinco de Ouro da
Princesa.
Saindo do interior, partimos
para a Mesorregião Metropolitana de São
Paulo, que engloba a cidade de São Paulo, a Grande São Paulo (incluindo os
municípios do Grande ABCD paulista) e a Baixada Santista. Nesta região,
encontram-se os principais clubes do estado, entre eles, os ‘quatro grandes’. A
cidade de São Paulo possui mais de 11 milhões de habitantes, e fica cercada de
quase 40 municípios que compõem a Região Metropolitana de São Paulo (ou Grande
SP). A mesorregião metropolitana inteira (foto) ultrapassa 20 milhões de moradores, sendo a maior
conurbação urbana da América do Sul e uma das maiores do planeta.
Dentro da Mesorregião
metropolitana, está a cidade de São Paulo que concentra 4 clubes importantes:
Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Portuguesa, além de dois pequenos
tradicionais (Juventus e Nacional). No Grande ABCD Paulista, microrregião
vizinha à cidade de São Paulo, estão situados outros clubes de destaque, entre
eles o São Caetano, da pequena cidade de São Caetano do Sul (150 mil
habitantes) e o Santo André, da cidade de mesmo nome (700 mil habitantes). E
territorialmente vizinha ao Grande ABCD e à capital paulista, mas separada pela
Serra do Mar, está a microrregião metropolitana da Baixada Santista (1,6 milhão
de habitantes), cuja cidade de Santos é o maior e mais importante município da
região. Em Santos (450 mil habitantes) está localizado mais um dos 4 grandes, o
Santos Futebol Clube, além de outros pequenos tradicionais como a Portuguesa
santista e o Jabaquara. O mapa abaixo ilustra a Mesorregião Metropolitana de
São Paulo. Nele é possível observar o local onde cada clube se sedia e a
microrregião onde possuem sua maior zona de influência.
Note que na capital
paulista, o Corinthians é referido como o clube da Zona Leste da cidade, o
Palmeiras da Zona Oeste, o São Paulo da Zona Sul (por causa do Morumbi, muito
embora tenha sede no limite da região oeste), e a Portuguesa da região
centro-norte da cidade. Fora da cidade de São Paulo, é ainda mais fácil de
identificar as zonas de influência: o Santos é referido como o clube da Baixada
Santista, e São Caetano e Santo André como clubes do Grande ABC.
Naturalmente, a maior
proporção de torcida dos clubes está nos respectivos bairros e regiões (no caso
dos cinco grandes) e na respectiva cidade (no caso do São Caetano e Santo
André).
Neste outro mapa que ilustra
toda a Região Metropolitana, está destacada a cidade de São Paulo em um tom de cinza mais claro, a Grande SP em cinza escuro, e a Baixada Santista em tom de cinza intermediário, com a exata localização
dos quatro grandes paulistas.
Na Baixada Santista, fica a
sede do Santos FC, no centro de Santos. É o único clube grande brasileiro não
sediado em uma capital, embora a cidade se encontre relativamente próxima da
capital paulista. A cidade de Santos é uma das mais importantes do estado e do
país, movida pelo maior porto da América Latina. O porto de Santos nada mais é
do que o porto de SP, que escoa toda a produção industrial da Grande São Paulo
e de grande parte do Brasil. Em Santos e em toda Baixada, está a principal zona
de influência do Santos, onde conta com maior quantidade proporcional de
torcedores. O clube possui a maior torcida da Baixada, chegando a atingir entre
30 e 50% dos torcedores nos municípios de Santos, São Vicente e Guarujá.
Na Zona Leste da cidade de
São Paulo, estão os bairros que representam a sede do Corinthians. Apesar de
fundado no bairro do Bom Retiro, centro da cidade, o clube sempre foi referido
como time da zona leste da cidade. Sua sede e seu novo estádio estão
localizados nesta região, nos bairros do Tatuapé e Itaquera, respectivamente. A
Zona Leste (ZL), maior zona de influência do Corinthians, é caracterizada por
ser uma microrregião extremamente populosa (a mais populosa, com cerca de 3,5
milhões de pessoas) e dominada por bairros de população de menor poder
aquisitivo. O clube possui a maior torcida desta região, sendo a maioria em
todos os distritos da região leste. Alguns bairros atingem quase 40% do total de torcedores da
ZL e extremo leste da cidade, chegando a quase 50% em determinados bairros como
Carrão e Itaquera.
Na Zona Oeste, encontra-se o
bairro sede do Palmeiras: Perdizes. Entre Perdizes e Barra Funda, dois bairros
de classe média / alta, dentro da região da Lapa (subprefeitura), fica a
região onde o Palmeiras mantém sua sede, seu estádio e onde possui seu maior
contingente de torcedores. A Lapa é o único bairro da cidade onde o Palmeiras
possui a maioria dos torcedores, chegando a 30% do total. Fundado por
italianos, o clube Palestra (hoje Palmeiras) cresceu em uma das regiões mais
nobres e valorizadas da capital. A Zona Oeste não é tão populosa como as outras
regiões de São Paulo, possui menos de 1 milhão de habitantes, mas se destaca
pelo alto poder aquisitivo de seus moradores, o que automaticamente influencia
no poder de compra dos palmeirenses, bastante numerosos nesta região.
E por fim, na Zona Sul, está
o estádio do Morumbi, no Jardim Leonor, a casa do São Paulo FC. Como já foi
lembrado, geograficamente, o São Paulo também pode ser considerado um clube da
Zona Oeste, uma vez que seu Centro de Treinamentos está localizado na Barra
Funda (ao lado do CT do Palmeiras), além dos distritos do Morumbi e Vila Sônia serem
frequentemente confundidos e referidos como bairros da Zona Oeste, por causa da
proximidade com o bairro do Butantã, que divide a porção oeste da porção sul da
cidade. O Jardim Leonor, por exemplo, é um bairro administrado pela
subprefeitura do Butantã. Mas tornou-se comum referir ao São Paulo como um
clube da Zona Sul. A região do Jardim Leonor, no Morumbi, também possui uma
população de grande poder aquisitivo. É a região que representa a maior zona de
influência do São Paulo FC, já que vários bairros da região sudoeste da cidade
possuem o São Paulo como maior torcida, entre eles Morumbi, Vila Sônia e Santo
Amaro, sempre acima da casa dos 30% do total. O clube também detém a maioria dos torcedores no
extremo sul da cidade como Marsilac e Parelheiros.
Para finalizar a abordagem
sobre a localização dos clubes do eixo RJ-SP, temos agora os clubes do estado do Rio de Janeiro.
Fora da capital, o futebol fluminense não se desenvolveu tanto como na cidade
maravilhosa. O Rio de Janeiro é uma cidade que concentra quase todos os
principais clubes do estado. Além dos 4 grandes, América, Bangu, Olaria, São
Cristóvão e outros pequenos tradicionais estão sediados na cidade do Rio. O
mapa abaixo ilustra a localização dos clubes cariocas na Mesorregião Metropolitana do Rio de Janeiro. Note que entre os mais
tradicionais, não há nenhum clube situado fora da cidade do Rio de Janeiro, bem
diferente de São Paulo.
Pela disposição dos símbolos
no mapa, dá para perceber que Flamengo, Botafogo e Fluminense são considerados
clubes da Zona Sul, enquanto o Vasco e America ficam na Zona Norte da cidade.
Na região oeste do Rio, mais precisamente nos bairros do subúrbio, temos um dos
pequenos mais tradicionais, o Bangu (duas vezes campeão carioca e finalista de
Brasileirão), cujo bairro possui o mesmo nome do clube.
Na imagem abaixo, temos a
localização exata dos grandes cariocas, com os bairros ilustrados com as cores
dos respectivos clubes. Se preferir, clique sobre a imagem para ampliar a foto.
Na Zona Norte, está o Vasco
da Gama, localizado no bairro de mesmo nome, desmembrado do bairro São
Cristóvão (há quem considere esta região como centro). Único grande situado
fora da glamorosa Zona Sul, o Vasco tem em São Cristóvão seu principal reduto
de torcedores na cidade. A região foi inicialmente colonizada por portugueses,
e hoje é formada por muitas comunidades carentes e população de classe média
baixa.
Na Zona Sul do Rio,
encontram-se Flamengo (fundado no bairro do Flamengo e sediado no bairro da
Lagoa), Fluminense (bairro das Laranjeiras) e Botafogo (bairro de Botafogo). A
Lagoa é o bairro que circunda a Lagoa Rodrigo de Freitas, uma das regiões mais
nobres da cidade. A mesma coisa pode ser dita sobre o bairro de Botafogo.
Apesar de sediar-se no bairro que dá nome ao clube, o Botafogo já mandou seus
jogos durante muitos anos no estádio de Caio Martins, na cidade vizinha de
Niterói, e hoje mantém seu estádio no bairro do Engenho de Dentro (Engenhão),
zona norte da cidade. Já o Fluminense tem sede no bairro onde se localiza seu
estádio, bairro das Laranjeiras, um bairro residencial sem acesso ao mar, porém
bastante luxuoso, principal reduto da torcida tricolor na cidade.
Maiores
Torcidas entre os clubes do Eixo
Os oito clubes do eixo RJ-SP
possuem as torcidas de distribuição mais nacional do país. Proporcionalmente,
todos eles possuem, em média, acima de 40% de seus torcedores residindo fora do
estado de origem. Alguns casos, como Flamengo e Vasco, o percentual de torcida
fora do estado ultrapassa a casa dos 70%.
|
Zonas de Influência paulista (em vermelho)
e carioca (em azul). |
O Sinopse do Futebol já
abordou este tema. A zona de influência dos clubes paulistas começa no norte de
Santa Catarina, e engloba a extensa faixa de território que passa pelo interior
do Paraná, sul de Minas e Triângulo Mineiro, quase toda região centroeste
(exceto norte de Goiás e Distrito Federal) e vai até o estado de Rondônia. Fora
desta faixa, as torcidas paulistas têm apenas algumas zonas isoladas no
interior do Nordeste. Nestas regiões, as torcidas dos clubes de São Paulo
predominam. São as regiões que receberam maior influência da mídia paulistana,
além do fluxo maior de pessoas com ligação ao povo paulista. A zona de influência dos
clubes cariocas é ainda maior territorialmente, motivada especialmente pela
cobertura nacional das emissoras de rádio do Rio de Janeiro na primeira metade do século XX, capital do país até 1960, o
que contribuiu para a expansão das torcidas dos times do Rio. Essa faixa de
predomínio vai do Vale do Itajaí e litoral de Santa Catarina, passa pelo
litoral do Paraná, e após um salto sobre o estado de SP, continua pela Zona da Mata
mineira, Espírito Santo e se estende por quase toda região Norte e Nordeste,
além do norte de Goiás e Distrito Federal. A figura acima ilustra, em
vermelho e azul, as zonas de influência paulista e carioca, respectivamente. Para
ver mais sobre a distribuição geográfica das torcidas dos clubes cariocas e
paulistas, clique nos links abaixo.
A seguir as tabelas ilustram
o percentual de torcedores dentro dos estados. São as pesquisas mais recentes
(até a data de publicação deste post) de três dos principais institutos de
pesquisa do país: Ibope, Datafolha e Pluri Stochos.
Pesquisas
de torcida – São Paulo
Clube
|
Ibope
(%)
|
Datafolha
(%)
|
Pluri
(%)
|
Corinthians
|
35,2
|
36,0
|
34,1
|
São Paulo
|
20,8
|
20,0
|
20,3
|
Palmeiras
|
11,8
|
13,0
|
13,3
|
Santos
|
9,2
|
6,0
|
8,2
|
Flamengo
|
1,1
|
2,0
|
-
|
Portuguesa
|
0,3
|
-
|
0,2
|
Vasco
|
0,3
|
-
|
-
|
Ponte Preta
|
0,3
|
-
|
0,4
|
Guarani
|
0,3
|
-
|
0,4
|
Botafogo
|
0,1
|
-
|
-
|
Fluminense
|
-
|
-
|
-
|
Fonte: Ibope 2010; Datafolha
2012; Pluri Stochos 2012.
Pesquisas
de torcida – Rio de Janeiro
Clube
|
Ibope
(%)
|
Datafolha
(%)
|
Pluri
(%)
|
Flamengo
|
45,5
|
49,0
|
46,9
|
Vasco
|
17,8
|
13,0
|
15,6
|
Fluminense
|
10,2
|
12,0
|
10,6
|
Botafogo
|
9,3
|
12,0
|
10,0
|
América
|
0,5
|
1,0
|
-
|
Corinthians
|
0,2
|
1,0
|
-
|
Santos
|
0,2
|
1,0
|
-
|
Palmeiras
|
0,2
|
-
|
-
|
São Paulo
|
0,2
|
-
|
-
|
Fonte: Ibope 2010; Datafolha
2010; Pluri Stochos 2012.
Com relação ao panorama
regional, as torcidas dos clubes paulistas e cariocas possuem os seguintes
percentuais na Região Sudeste:
Pesquisa
de Torcida – Região Sudeste
Clube
|
Pluri (%)
|
Corinthians
|
20,3
|
Flamengo
|
15,6
|
São Paulo
|
11,1
|
Palmeiras
|
6,2
|
Santos
|
5,3
|
Vasco
|
4,5
|
Fluminense
|
2,4
|
Botafogo
|
2,2
|
No cenário nacional, vamos
utilizar a última pesquisa nacional até agosto/2013. Pesquisa realizada pela
Pluri Stochos em 2013 com mais de 20 mil entrevistados em todas as regiões do
Brasil.
Pesquisa
de Torcida Nacional – Todo o Brasil
Clube
|
Pluri (%)
|
Flamengo
|
16,8
|
Corinthians
|
14,6
|
São Paulo
|
8,1
|
Vasco
|
5,0
|
Palmeiras
|
4,9
|
Santos
|
3,4
|
Fluminense
|
1,8
|
Botafogo
|
1,6
|
Para ver mais pesquisas
nacionais de torcida e ver a média de todas as pesquisas dos maiores
institutos, clique no link abaixo.
Os
clubes de maior rejeição do Eixo Rio-São Paulo
Os clubes do eixo RJ-SP
naturalmente são os mais visados pela mídia e por isso encabeçam a lista de
clubes mais odiados do país, especialmente os clubes de maior torcida, como
Corinthians e Flamengo. É importante salientar que, do mesmo modo que os clubes
de maior torcida geram maior rejeição, os rivais dos clubes mais populares
também recebem percentual significativo de rejeição. Citamos o Vasco como maior
exemplo: é o segundo clube mais odiado do Brasil, a frente inclusive do
Flamengo, entretanto, muito disso se deve à própria torcida flamenguista, maior
do país, que coloca o Vasco nesta condição.
Acompanhe abaixo, a pesquisa
mais recente sobre rejeição dos clubes. O levantamento feito pela empresa
Stochos em 2012, entrevistando 8.291 torcedores das classes A, B, C e D a
partir de 16 anos. A margem de erro é de 1,1% para mais ou para menos.
Rejeição dividida por cada torcida:
Repare que em SP, quase
metade dos corintianos consideram o Palmeiras como maior rival. Para os
palmeirenses, o Corinthians é quase unânime como rival mais odiado, 85% dos
palmeirenses pensam assim. A maioria dos são-paulinos e santistas também odeiam
mais o Corinthians, mas em percentuais menores que dos palmeirenses. Outra
curiosidade é que, diferente da torcida do Corinthians, que tem no alviverde
seu maior rival, as torcidas do Santos e São Paulo veem o Palmeiras como o
rival de menor rejeição (apenas 3,0 e 4,1% respectivamente).
Já no Rio, a maior
porcentagem de rejeição é da torcida do Vasco em relação ao Flamengo, 85% do
total. Para os flamenguistas, o Vasco também é disparado o clube mais odiado,
ainda que em menor proporção. Chama a atenção o fato de 8% dos flamenguistas
verem o Corinthians como clube mais detestável, percentual maior que do
Botafogo. Talvez seja explicado pela parcela flamenguista que reside em cidades
de predomínio paulista, onde o contingente de corintianos é maior que dos
rivais cariocas, fazendo com que os rubro-negros nutram ódio maior pelo clube
paulista. Entre os torcedores do Fluminense e Botafogo, a maioria da torcida de
ambas as equipes odeia, pela ordem, o Flamengo, e depois o Vasco.
Clubes do Eixo e a mídia
Os clubes paulistas e
cariocas naturalmente compõem o grupo de clubes brasileiros de maior exposição
e visibilidade. Isso se deve a vários motivos, entre os quais destacamos dois.
Primeiro, pelo fato de possuírem as maiores torcidas do país (os cinco clubes
mais populares do Brasil são do eixo) gerando, dessa forma, maior repercussão,
interesse publicitário e retorno financeiro do mercado. E segundo, pela
condição geográfica, uma vez que São Paulo e Rio de Janeiro são as duas maiores
metrópoles do país, possuindo as maiores empresas de comunicação do país, de
alcance nacional, que tendem a realizar maior cobertura dos clubes locais.
As
principais emissoras de televisão e de rádio do Brasil - Rede Globo (RJ), TV
Bandeirantes (SP), TV Record (SP), Rede TV (SP), Radio Globo (RJ), Radio Jovem
Pan (SP) etc -, os principais jornais e revistas do país – Folha de São Paulo
(SP), Jornal O Estado de São Paulo (SP), Revista Placar (SP), Jornal O Lance!
(RJ) etc - e os principais sites esportivos brasileiros – Globo Esporte (RJ),
Folha On Line (SP), Lancenet (RJ), Gazeta Esportiva (SP), etc - são paulistas e
cariocas, e todos de abrangência nacional. Isso ajuda a entender o porquê dos
clubes paulistas e cariocas dominarem os rankings de visibilidade nacional e
exposição na mídia.
No Brasil,
os estados com a maior quantidade de órgãos de imprensa de abrangência nacional
são São Paulo, em primeiro, e Rio de Janeiro, em segundo plano.
Para saber
mais sobre a visibilidade dos clubes, leia o capítulo 1 do ranking de mídia,
que trata dos Estudos e Pesquisas de Visibilidade.
Cotas de Tevê – os oito
maiores clubes do eixo estão entre os 12 clubes brasileiros que mais recebem
grana da TV. A cota do Brasileirão é dividida em parte fixa e parte variável (pay
per view). A cota de PPV é menor, dividida de acordo com o número de vendas de
pacotes PFC do canal Globosat. Já a cota fixa é dividida pela mesma Globosat de
acordo com fatores mercadológicos como audiência dos jogos, número de jogos
transmitidos e tamanho da torcida.
No quadro abaixo, veja como
é feita a divisão anual do dinheiro fixo referente ao Campeonato Brasileiro,
segundo a Revista Placar. Na coluna ao lado, o valor recebido pelos clubes na
temporada de 2012 (lembrando que o valor pago em 2012 já inclui a cota variável
de PPV, a cota dos estaduais, e ainda pode estar alterado para alguns clubes por
diversos fatores como adiantamento de dinheiro em anos anteriores, luvas por
novos contratos e acordos extras pagos pela Rede Globo).
Clube
|
Cota Fixa
estimada (R$)
|
Valor
recebido em 2012 (R$)
|
Corinthians
|
84 milhões
|
153 milhões
|
Flamengo
|
84 milhões
|
112 milhões
|
São Paulo
|
70 milhões
|
104 milhões
|
Santos
|
70 milhões
|
89 milhões
|
Palmeiras
|
70 milhões
|
73 milhões
|
Vasco
|
70 milhões
|
57 milhões
|
Fluminense
|
50 milhões
|
53 milhões
|
Botafogo
|
50 milhões
|
46 milhões
|
Portuguesa
|
25 milhões
|
18 milhões
|
Guarani
|
25 milhões
|
Não disponível
|
Ponte Preta
|
20 milhões
|
Não disponível
|
Além da divisão do Campeonato
Brasileiro, os clubes paulistas e cariocas recebem uma pequena parte referente
aos estaduais. Esse dinheiro é pago pela Globosat juntamente com as federações
de cada estado (Federação FPF e FERJ). O Campeonato Paulista é o estadual que
melhor remunera seus clubes. Veja abaixo quanto cada clube recebe pela
participação nos estaduais:
Campeonato
Paulista
São aproximadamente R$ 70
milhões divididos entre 20 clubes:
- Corinthians, Palmeiras,
Santos e São Paulo – R$ 10,8 milhões
- Portuguesa, Guarani, Ponte
Preta e demais clubes – R$ 2,1 milhões
Campeonato
Carioca
São aproximadamente R$ 40
milhões divididos entre os clubes:
- Botafogo, Flamengo,
Fluminense e Vasco – R$ 8 milhões
- America, Bangu e demais
clubes – R$ 500 mil
Clubes
mais vencedores do eixo
O estado de São Paulo leva
vantagem nos títulos. Os clubes paulistas possuem uma quantidade
significativamente maior de títulos, tanto nacionais como internacionais.
Possui os dois maiores vencedores de campeonatos nacionais (Palmeiras e
Santos), os dois maiores vencedores de títulos internacionais (São Paulo e
Santos), além dos maiores campeões do Torneio Rio-São Paulo (Corinthians, Palmeiras
e Santos).
Análises minuciosas sobre os
títulos dos clubes paulistas e cariocas já foram abordadas em outras matérias
do Sinopse do Futebol.
Os quadros a seguir resumem
a quantidade de títulos dos clubes do eixo RJ-SP, mostrando o número de títulos
estaduais, brasileiros (entre Campeonato Brasileiro, Copa União, Roberto Gomes
Pedrosa e Taça Brasil), Libertadores, Mundiais interclubes (e Copa
Intercontinental), além do total de títulos nacionais e internacionais,
incluindo outros torneios menos importantes.
Campeonatos
de âmbito estadual e regional
Clube
|
Torneio
Rio-São Paulo
|
Campeonato Paulista
|
Total
|
Corinthians
|
5
|
30
|
35
|
Palmeiras
|
5
|
24
|
29
|
Santos
|
5
|
22
|
27
|
São Paulo
|
1
|
22
|
23
|
Portuguesa
|
2
|
3
|
5
|
Clube
|
Torneio
Rio-São Paulo
|
Campeonato Carioca
|
Total
|
Flamengo
|
1
|
37
|
38
|
Fluminense
|
2
|
32
|
34
|
Vasco
|
3
|
24
|
27
|
Botafogo
|
4
|
21
|
25
|
America
|
-
|
7
|
7
|
Campeonatos
de âmbito nacional
Clube
|
Título
Brasileiro
|
Copa
do Brasil
|
Total
Nacional
|
Palmeiras
|
10
|
4
|
14
|
Santos
|
8
|
1
|
9
|
Flamengo
|
8
|
3
|
11
|
Corinthians
|
7
|
3
|
10
|
São Paulo
|
6
|
-
|
6
|
Vasco
|
4
|
1
|
5
|
Fluminense
|
4
|
1
|
5
|
Botafogo
|
2
|
-
|
2
|
Guarani
|
1
|
-
|
1
|
Paulista
|
-
|
1
|
1
|
Santo André
|
-
|
1
|
1
|
Campeonatos
de âmbito internacional
Clube
|
Libertadores
|
Mundial
Interclubes
|
Total
Internacional
|
São Paulo
|
3
|
3
|
12
|
Santos
|
3
|
2
|
8
|
|
3
|
-
|
5
|
Flamengo
|
2
|
1
|
6
|
Corinthians
|
1
|
2
|
4
|
|
1
|
-
|
2
|
Botafogo
|
-
|
-
|
1
|
Dados atualizados em março/2022.
Os links abaixo mostram como
é a participação percentual dos clubes paulistas e cariocas no total de títulos
nacionais, da Libertadores e dos Mundiais interclubes. Há ainda uma abordagem
dos eixos RJ-SP em um comparativo de títulos com o eixo Rio Grande do Sul-Minas
Gerais e com o restante do Brasil. Perceba que o domínio dos clubes do eixo
RJ-SP é muito grande, principalmente na divisão de títulos nacionais.
Maiores
Clássicos do Eixo Rio-São Paulo
Nesta seção, vamos falar
apenas dos principais clássicos envolvendo os clubes do RJ e SP. Qualquer
confronto entre Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco é considerado clássico.
Para algumas pessoas, até mesmo o confronto com o América é referido como clássico.
Em SP, ocorre a mesma coisa em relação à Corinthians, Palmeiras, Santos e São
Paulo, além da tradicional Portuguesa.
Para conhecer o retrospecto
dos clássicos paulistas e cariocas, tanto em confronto direto como em
confrontos mata-matas e decisões, clique nos links abaixo.
Resumo dos principais
clássicos:
Fla-Flu é o
nome do clássico entre Flamengo x Fluminense. É considerado o clássico mais charmoso e
tradicional do país. A rivalidade entre as duas equipes nasceu junto com a própria história dos clubes, quando uma dissidência
de alguns jogadores do Fluminense em 1911 que migraram para o Clube de Regatas
do Flamengo, até então um clube de esportes aquáticos, e que deram
origem à equipe de futebol rubro-negra. A rivalidade que começou com os
jogadores, logo tomou dimensões maiores com o crescimento do Flamengo nos Anos
1910, que tomou o posto do Botafogo de maior rival do Fluminense. A rivalidade
tem ainda um cunho local, uma vez que os dois clubes pertencem a mesma região
da cidade, a glamorosa zona sul do Rio. Atualmente, o Fla-Flu não é mais a
maior rivalidade carioca, por conta do clássico Flamengo e Vasco, mas continua
sendo o clássico mais famoso e completo da cidade.
Derby Paulista é o nome
do jogo entre Palmeiras x Corinthians. É o
clássico mais importante e tradicional de São Paulo, um dos maiores do país.
Assim como o Fla-Flu, os clubes já nasceram para ser rivais. O Corinthians, que
era um clube associado às camadas mais populares da região do Bom Retiro,
repleto de imigrantes de origem humilde, viu um grupo de imigrantes italianos
dissidentes abandonarem o Corinthians para fundar outro clube, o Palestra
Itália. Esses italianos foram considerados traidores pelo ex-clube. Daí surgiu
o ódio pelo rival, chegando ao ponto de existir aversão pela cor verde para os
corintianos e preta para os palmeirenses. A rivalidade é tão intensa que muitas vezes chega às vias de
fato, como nas inúmeras brigas entre as duas torcidas ao longo dos tempos.
Historicamente, é a maior rivalidade de São Paulo, adquirindo com o tempo outra
característica oposta: O Palmeiras se fixou em uma região que se tornaria uma
das mais nobres e valorizadas da capital paulista (região de Perdizes, Lapa)
enquanto o Corinthians se ancorou cada vez mais ao leste da cidade, assumindo o
rótulo de clube do povão e dos bairros mais humildes.
Derby
Campineiro é o clássico entre Ponte
Preta x Guarani. O
Derby de Campinas é considerado o maior clássico do interior do Brasil, uma
rivalidade muito intensa que pára a cidade. Guarani e Ponte são clubes que
ficam territorialmente próximos um do outro. São rivais que protagonizam as
atenções da maior cidade do interior de SP, com a disputa histórica para saber
quem é o maior clube da cidade. A torcida do Guarani costuma se gabar da
vantagem nos títulos, enquanto os ponte-pretanos se defendem dizendo ser o
clube mais tradicional e popular da cidade. O clássico é marcado por violentos
confrontos de torcedores.
Clássico
dos Milhões é o confronto entre Vasco x Flamengo. O nome do clássico é referência ao tamanho das duas torcidas, as duas
maiores entre clubes cariocas. É um clássico de dimensão nacional, entre os
dois clubes com maior proporção de torcedores residentes fora do estado de
origem. A partir dos Anos 1970, a rivalidade entre Flamengo e Vasco cresceu
muito, a ponto de se tornar a maior rivalidade carioca. A maioria esmagadora
dos vascaínos considera o Flamengo como seu maior rival, e a mesma coisa ocorre
com os flamenguistas em relação ao Vasco. Existe ainda um cunho bairrístico, já
que os vascaínos pertencem à Zona Norte, região mais carente, enquanto o
Flamengo é um clube da rica Zona Sul. É o clássico mais violento do Rio.
O Majestoso é o clássico entre São Paulo x Corinthians. Um clássico que viu sua rivalidade aumentar consideravelmente nos
Anos 2000. Há quem considere atualmente como a maior rivalidade de SP em razão
das recentes disputas e alfinetadas dos dirigentes de ambas as equipes. O fato
de serem atualmente as duas maiores torcidas do estado, os dois maiores
orçamentos do Brasil e pela disputa política entre os clubes (principalmente
durante o episódio de exclusão do Morumbi e inclusão da Arena Corinthians na
Copa do Mundo de 2014) tornaram o Majestoso um dos clássicos mais quentes e
acirrados do país. A origem dos clubes
ainda na Era Amadora (clube do povo x clube da elite paulistana) é outro fator
que sempre colocou os dois times em lados opostos.
SanSão é o
clássico que envolve Santos x São Paulo. O
clássico que recebeu esse nome do jornalista Thomaz Mazzoni em referência às iniciais dos nomes e à força dos dois clubes, é o clássico das duas agremiações mais vitoriosas do
futebol brasileiro. São Paulo e Santos tem uma disputa sadia pela hegemonia do
futebol brasileiro nos títulos, fato que ajuda a acirrar a rivalidade. O enfraquecimento
recente do Palmeiras, historicamente o segundo maior rival para ambas as
equipes depois do Corinthians, fez com que são-paulinos e santistas
considerassem um ao outro como o segundo maior rival (fato observado na última
pesquisa de rejeição). Uma curiosidade é que o apelido de “peixe” do Santos
surgiu na década de 1930 quando os jogadores e torcedores do Santos que subiam
a serra eram chamados de ‘pescadores’ e ‘peixeiros’ em tom depreciativo pelos
são-paulinos da abastada elite paulistana.
Clássico
dos Gigantes é o nome do jogo entre Fluminense x Vasco.
Este nome é bem recente, de 2006, eleito pelos próprios torcedores dos dois
times em uma enquete de um jornal. É um clássico de muita rivalidade, motivado
pelo fato do Flu ser o clube grande mais elitizado do Rio e do Vasco ser o
clube de origem mais popular. Tanto tricolores como vascaínos consideram-se
como segundo grande rival, cuja rivalidade só é inferior às que envolvem o Flamengo.
Choque-Rei é o
clássico entre Palmeiras x São Paulo. Este nome também foi dado por Thomaz
Mazzoni quando as duas equipes protagonizavam a principal disputa de títulos
dos Anos 1940. Nesta época, um episódio que contribuiu para aumentar ainda mais
a rivalidade entre os dois clubes foi quando o São Paulo pressionou o governo
para tomar providências contra o então Palestra Itália, em função da Segunda
Guerra Mundial. Algumas fontes chegam a dizer que o São Paulo ainda teria
tentado tomar posse do estádio palmeirense naquele momento. O Choque-Rei é historicamente
o clássico mais charmoso da cidade, de dois clubes localizados em bairros nobres e vizinhos, na região oeste e sudoeste da capital. A proximidade acirra ainda mais a rivalidade entre
os vizinhos. Não por acaso, é considerado o clássico mais violento de São Paulo.
Clássico
Vovô
é o confronto entre Botafogo x Fluminense.
Recebeu esse nome por ser o primeiro clássico do futebol carioca. Antes do
surgimento do Flamengo, o futebol do Rio de Janeiro era dominado por Botafogo e
Fluminense, que faziam o maior clássico da cidade. Os dois clubes são de
bairros vizinhos e de classe média alta, o que os tornava ainda mais rivais. Os
tempos passaram, e hoje a rivalidade continua forte, apesar do crescimento de
outras forças como Flamengo e Vasco. A principal disputa entre Botafogo e
Fluminense é a do número de torcedores, bastante equilibrada atualmente e que
gera muitas discussões e rivalidade. É um clássico com histórico de brigas
entre grupos organizados.
Clássico
Alvinegro é o jogo entre Corinthians
x
Santos. Clássico mais antigo de
São Paulo, marcado por muita rivalidade. O Corinthians é o maior rival para a
grande maioria dos santistas, e entre os clubes paulistanos, a torcida
corintiana é a que tem o maior percentual de rejeição ao Santos, talvez
explicado pela rivalidade intensa nos Anos 60, quando o Santos de Pelé deixou o
Corinthians por onze anos sem vencer um clássico no Campeonato Paulista. Apesar
de sediados em cidades diferentes, a rivalidade é nutrida pela proximidade das
torcidas. Na Baixada e em grande parte do litoral paulista, Santos e
Corinthians são as duas maiores torcidas com certa folga. E na capital, a
região onde o Santos possui seu maior contingente de torcedores é justamente na
Zona Leste, o maior reduto de corintianos de São Paulo.
Clássico
da Rivalidade é o jogo entre Botafogo x Flamengo. Clássico importante de dois clubes da Zona
Sul. Embora não seja uma das maiores rivalidades do Rio, este clássico ganhou
aditivos especiais depois de uma sequência de finais entre os dois clubes na
década de 2000. O Flamengo é o grande rival dos botafoguenses, embora o
Fluminense seja o clube que tenha a rivalidade mais enraizada com os alvinegros.
Clássico da Saudade é o jogo entre Santos x Palmeiras.
Recebeu este nome por causa das frequentes disputas de títulos na década de
1960, quando o Palmeiras era o único clube de SP que conseguia quebrar a
hegemonia do Santos. Dentre os 4 grandes paulistas, é a rivalidade menos aflorada,
talvez pelo fato de hoje representarem a terceira e quarta maior torcida do
estado.
Clássico
da Amizade é o jogo entre Vasco x Botafogo.
Clássico mais pacífico do Rio, de torcidas que se dizem “amigas”, inclusive entre
as organizadas. A rivalidade existe, mas é a menor entre os cariocas.
Clássico
das Colônias é o jogo entre Palmeiras x Portuguesa. Clássico
entre os dois clubes de colônia da capital paulista, colônia portuguesa e
italiana.
Clássico
da Paz é o clássico entre Vasco x America. Já
foi um clássico importante no Rio, na época em que o América ainda disputava
títulos com os outros grandes. Hoje, é apenas um clássico local de dois clubes da
região centro-norte da cidade.
Clássico
Norte-Sul Paulistano é o jogo entre Portuguesa x São Paulo.
Recebeu este nome por serem frequentemente taxados de clubes da zona norte
e zona sul da cidade.
Outros
clássicos paulistas: Portuguesa x Santos, Portuguesa x Corinthians, Santos x Portuguesa Santista (clássico local da cidade de
Santos), Santo André x São Caetano (clássico
de rivalidade local do Grande ABC).
Outros
clássicos cariocas: America x Bangu (clássico de rivalidade local para saber
quem é a quinta força do futebol carioca), America x Botafogo, America x Flamengo e America x Fluminense.